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Cher e O uso do auto-tune

Por Letícia Pitta

Foto em preto e branco de Jé Santiago olhando para baixo e  ventindo um moletom preto e blusa xadrez
Foto de Cher nos anos 90, vestida de fada com uma peruca prateada longa
Foto de Travis Scott segurando um microfone enquanto canta. Ele veste um boné e moletom preto

Foto: jovemsanti, reprodução, instagram | Foto: Gorilla esq. | Foto: Frank Schwichtenberg, Wikimedia Commons

O autotune revolucionou a forma de se fazer música a partir do final dos anos 90. Atualmente, essa tecnologia está presente em grande parte das produções brasileiras, seja no Rap, Funk ou Pop, e, atualmente, é a base do trap.

 

O autotune foi criado por acaso por um mano chamado Andy Hildebrand, engenheiro elétrico e matemático. Inicialmente, a ideia do software era ajudar cantores com questões de afinação, assim eles não precisam passar horas ajustando os vocais. Outros beneficiados pela criação foram os produtores musicais, pois o tempo de estúdio foi reduzido. Capaz de modificar a voz, a ferramenta se tornou um item importante na indústria fonográfica.

Porém demorou um pouco para o uso do autotune se popularizar, o que acabou acontecendo só em 1998 com o lançamento da música “Believe” da cantora Cher. O sucesso acabou revolucionando a indústria musical e foi número 1 em mais de 23 países. O single conta com uma melodia dançante, letra pegajosa, mas, além disso, tinha um toque especial: o auto-tune. A ferramenta fazia a voz da cantora soar mais robótica ou até mesmo lembrar um alienígena. Se liga nesse trechinho.

Depois dessa popularização, o software começou a ser usado em diversos gêneros musicais e entrou no rap com o rapper T-Pain, que fez do efeito robótico sua marca registrada. A primeira música do rapper que se destacou e que tem o auto-tune é “I’m Sprung", de 2005. Outros rappers, como Lil Wayne e Kanye West também utilizavam o programa na época.

Abaixo, confira o vídeo de “I’m Sprung"

O Autotune faz mágica?

Mas é importante falar, que embora muitos acreditem que o auto-tune faz “mágica” e ajusta qualquer voz automaticamente, sua função principal é corrigir pequenos deslizes de afinação durante a gravação da música. Porém, a ferramenta suporta ajustes que permitem ao produtor criar efeitos sonoros diferentes e experimentais que são muito utilizados no trap, e acabam fazendo parte da linguagem do gênero.

Também temos muitos exemplos na música nacional, com nomes como BC Raff, Diomedes Chinaski, Jé Santiago e muitos outros utilizando o recurso em suas músicas. Confira abaixo a música "Novo Rico" de Jé Santiago.

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